quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

morte, a batalha que nunca venceremos




Acordo de manhã e penso que o maior dilema do meu dia de hoje será a enxaqueca com que acordei, quando me dizem que uma rapariga da turma da minha colega de casa morreu.
Não, não a conhecia, mas quem fica indiferente à morte de uma rapariga de 20 anos que numa semana ficou doente e morre? e depois surgem aquelas questões: e se fosse eu? e se fosse a minha colega? o meu namorado? a minha mãe? não estamos imunes à morte , ela vem sem avisar e traz sempre um sentimento de repulsa e de imputabilidade, não somos nada neste mundo.
Hoje, todos estamos chocados mas, daqui a um mês, nós, externos ao mundo dessa rapariga nem nos vamos lembrar deste caso, os amigos, num prazo igualmente perto também se irão esquecer, lembrar-se-ão quando, em conjunto, a conversa vier ao assunto, quando virem os familiares. A verdade é que para estes, incluindo para mim, o tempo é nosso amigo, vai fazer-nos esquecer, vai fazer com que doa menos. Mas para aquela família, para aqueles pais, não há tempo algum que faça esquecer essa ausência, para eles, hoje e amanhã será fácil, haverá pessoas sempre à volta deles e eles à volta deles mesmos com medo de deixá-los sozinhos.
O pior dia? Será no próximo mês, quando só haverá silêncio

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