sábado, 24 de março de 2012


Como era fácil ser criança, poder sonhar sem ter um limite, poder voar bem alto e não cair porque acreditávamos que tudo era possível bastava querer, bastava acreditar. 
Quando chorávamos o que naquela altura parecia uma coisa horrível, hoje desejamos que todos os nossos problemas, que todas as nossas lágrimas sejam as mesmas daquela altura, que as razões sejam as mesmas. Mas a verdade, é que crescemos, e isso faz com que deixemos de ver o nosso mundo como um mundo cor de rosa e o passemos a vê-lo como ele realmente é.
Com medos, objectivos, aflições, desespero, felicidade, amor, carinho, maldade, mas será que existe mesmo mal neste nosso mundo que vemos agora? 
Ou será que por termos crescido nos esquecemos que tudo é perfeito que é bom sonhar, que é bom acreditar, que é bom viver, lutar pelo que queremos?
Não, não é fácil ser adolescente, não é fácil ser adulto, ou será que é?
Quero voltar a ter cinco anos em que ninguém me apontava o dedo, em que todos me ouviam e não criticavam, em que não havia a "desconfiança" que há hoje.
Com cinco anos, não chorava pelo que choro hoje, nem sabia o que era realmente chorar.
Chorar cansa, mas as pessoas que choram não são fracas, são pessoas que têm sido fortes durante muito tempo, mas simplesmente chega a uma altura em que não conseguem simplesmente aguentar o sofrimento e esse acaba por escorrer pelos olhos.
Chorar lava-nos a alma, ou pelo menos deveria lavar, e quando as lágrimas caíssem deveriam levar consigo toda a razão pela qual estávamos a chorar, para que por aquele motivo não chorássemos nunca mais, mas infelizmente as coisas não são assim.
A vida é assim. 
É como um oceano lindo e perfeito, mas até esse oceano lindo e perfeito tem as suas gotas que o perturbam. Simplesmente temos de acreditar que coisas más acontecem, mas no fim tudo acaba por ficar bem, porque no fundo, aquela criança de cinco anos ainda existe em nós e acabamos por lutar pelo que nos faz bem, porque não vale a pena só sofrer, temos de sonhar e lutar pelo que nos faz feliz. Temos de viver.

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